O Campinense não precisou ir muito longe para conquistar o Nordeste.
Neste domingo, no estádio Amigão, em Campina Grande, a equipe paraibana
recebeu o ASA-AL contado com a vantagem de 2 a 1 do jogo de ida, em
Arapiraca, e faturou o título mais importante de sua história. Com gols
marcado por Jéferson Maranhense e Ricardo Maranhão, ambos no segundo
tempo, os comandados de Oliveira Canindé fizeram 2 a 0 e asseguraram a
conquista, digna de honrar "as cores da Paraíba", como relata seu hino
oficial.
Com "sangue, nervos e coração" diante do valente ASA, a
equipe paraibana, detentora de 19 títulos estaduais, só administrou a
vantagem obtida no jogo de ida e irritou os visitantes, que também não
viveram grande tarde. Principal competição regional, a Copa do Nordeste
proporcionou as maiores médias de público de campeonatos disputados no
País nos primeiros meses de 2013 e acabou parando no interior: grandes
como Bahia, Sport, Ceará e Vitória sequer chegaram à decisão.
Com
chancela da CBF, a competição volta em 2014, ano em que oferecerá ao
seu campeão a possibilidade de disputar a Copa Sul-americana.
Passada
a euforia do título da Copa do Nordeste, o Campinense já volta a campo
na próxima quinta-feira, quando abre o segundo turno do Campeonato
Paraibano visitando o Atlético Cajazeirense. Já o ASA, provavelmente
contando apenas com reservas, joga nesta terça-feira, recebendo o
Corinthians Alagoano, que foi o melhor time da primeira fase do
Estadual.
O Jogo
Sem o zagueiro Tiago Garça,
suspenso, Leandro Campos optou por escalar Thalisson para aumentar a
ofensividade da equipe em busca do título e em sua provável despedida do
comando do ASA - o treinador é apontado para assumir o comando do Ceará
na próxima semana. Mais aberto, o time alagoano teve que superar a
pressão dos paraibanos nos minutos iniciais para poder respirar dentro
do Amigão.
Temeroso de se lançar ao ataque e colocar em risco a
vantagem assegurada em Arapiraca, o Campinense trabalhou com base na
troca de passes no setor de meio-campo e buscou aproveitar os erros de
marcação do ASA. Aos 14 minutos do primeiro tempo, a primeira falha
quase resultou em gol, quando Edson Veneno tentou o desarme para cima de
Zé Paulo, mas passou reto e viu o atacante pernambucano bater firme, na
entrada da área, rente à trave do gol de Gílson.
O ASA tentou a
reação imediata no contra-ataque puxado por Wanderson, mas Pantera fez
boa defesa na conclusão rasteira. Animados pela boa oportunidade
desperdiçada, os visitantes se mantiveram no campo de ataque e ainda
criaram outras chances: chute de Léo Gamalho pela linha de fundo, aos 27
minutos, Wanderson, para nova defesa de Pantera, aos 31, e cabeceio de
Thalisson, à queima roupa, mas com desvio da defesa paraibana.
Disposto
a deixar a bola parada o máximo de tempo possível, o Campinense manteve
o jogo truncado, mas, mesmo assim, teve grande oportunidade aos 42
minutos: o lateral esquerdo Panda avançou com qualidade para cima da
marcação de Osmar e fez o cruzamento no meio da área. Antes de Zé Paulo
chegar para concluir, Edson Veneno, que ainda levaria cartão amarelo
antes do fim do primeiro tempo, conseguiu o desvio preciso.
Endiabrado,
Zé Paulo mostrou na etapa complementar os motivos de ter sido apontado
como um dos principais nomes da partida. Logo no primeiro minuto, em
contra-ataque veloz, o pernambucano invadiu a área pela direita e cruzou
com precisão para Jéferson Maranhense, que se infiltrou no meio da área
do ASA, balançou as redes de Gilson, foi ao delírio e ampliou a
vantagem dos donos da casa no placar agregado.
O técnico Leandro
Campos tentou colocar sua equipe para frente ao sacar Edson Veneno e
Thallyson para as entradas de Rafael Pedro e Pedro Silva, com a intenção
de arriscar chutes de fora da área em busca da reação. Depois de passar
apertado com defesa de Gilson em batida de fora da área de Zé Paulo, o
ASA viu sua situação ficar ainda mais dramática aos 20 minutos, quando
Fabiano acertou Glaybson por trás e acabou expulso.
Após a
expulsão, o ASA se retraiu ainda mais e, aos 34 minutos, levou o segundo
gol que sepultou seus sonhos. Um minuto depois de entrar em campo na
vaga de Panda, Danilo Portugal abriu à direita para Dedé, que fez
cruzamento na medida para a chegada de Ricardo Maranhão, outro acionado o
segundo tempo. Com a marca de Oliveira Canindé, que também não deve
permanecer em Campina Grande, o rubro-negro foi ao encontro da torcida
na conquista do título que parou a cidade.
FICHA TÉCNICA
CAMPINENSE 2 X 0 ASA
Local: Estádio Amigão, em Campina Grande (PB)
Data: 17 de março de 2013, domingo
Horário: 16 horas (de Brasília)
Árbitro: Jaílson Macedo Freitas (BA)
Assistentes: Thiago Gomes Brígido (CE) e Izac Márcio da Silva Oliveira (RN)
Cartões amarelos: Edson Veneno, Fabiano, Chiquinho Baiano, Didira (ASA)
Cartões vermelhos: Fabiano (ASA)
GOLS: Campinense - Jéferson Maranhense, a 1 minuto, e Ricardo Maranhão, aos 34 do segundo tempo.
CAMPINENSE:
Pantera; Tiago Granja, Anderson Rosa, Roberto Dias e Panda (Danilo
Portugal); Edvânio, Dedé, Glaybson e Bismarck (Ricardo Maranhão); Zé
Paulo (Andrezinho) e Jéfferson Maranhense
Técnico: Oliveira Canindé
ASA:
Gílson; Osmar (Kessi), Fabiano, Edson Veneno (Rafael Pedro) e Chiquinho
Baiano; Cal, Jorginho, Didira e Thalisson (Pedro Silva); Léo Gamalho e
Wanderson
Técnico: Leandro Campos
Fonte: gazetaesportiva.net