Por: Alex Viana - jornal de hoje
Pela atual conjuntura política do Estado do Rio Grande do Norte, a
oposição deverá lançar uma chapa para disputar o governo do Estado e o
Senado com o atual vice-governador, Robinson Faria (PSD), disputando o
cargo de governador, e a deputada federal Fátima Bezerra (PT),
pleiteando o Senado. Esta é a opinião do vereador Júlio Protásio, líder
do prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT) na Câmara Municipal de Natal e
correligionário da ex-governadora Wilma de Faria, atual vice-prefeita e
presidente estadual do PSB. “É a chapa que, mantida a conjuntura atual,
poderá unir a oposição”, declarou o vereador.
Júlio Protásio disse que já estão lançadas as pré-candidaturas de
Robinson Faria para governador e de Fátima Bezerra para o Senado. No
caso da vice-prefeita Wilma de Faria, que em virtude da provável
candidatura de Eduardo Campos a presidência da República, poderá
concorrer ao governo, ele disse que esta conjuntura é prematura e que o
projeto de Wilma é ser candidata à Câmara dos Deputados. “O nome de
Wilma está sendo cogitado como candidata, pela própria folha de serviços
prestados por ela. Mas, de fato, lançado pela oposição só temos a
candidatura de Robinson Faria”, afirmou o vereador.
Concorre para a chapa Robinson/ Fátima o apoio do prefeito de Natal,
Carlos Eduardo Alves. Um dos articuladores da aliança do PSB com o
pedetista, no ano passado, Júlio Protásio defende a unidade da aliança,
com vistas à sucessão do próximo ano. “Defendo a união do PDT do
prefeito Carlos Eduardo Alves, do PSB da professora Wilma de Faria, do
PSD do vice-governador Robinson Faria, do PT da deputada federal Fátima
Bezerra, do PC do B, do PPS e outros partidos que possam se aliar, num
projeto de oposição. E que tenhamos todos esses partidos uma candidatura
única ao governo e ao Senado”, defendeu.
Para o líder governista na Câmara Municipal, a desunião deste grupo
dará motivo a que a oposição preste um desserviço ao Estado. “A chapa
Robinson governador, Fátima senadora, poderá unir a oposição. E a
desunião da oposição vai ser um desserviço ao Rio Grande do Norte e
poderá facilitar a reeleição da governadora Rosalba, que não está sendo
aprovada pelos norte-rio-grandenses”, declarou.
Segundo Protásio, em Natal o governo Rosalba não entregou nenhuma obra. “No caso da capital, onde tenho atuação política, o governo ainda não apresentou uma obra de relevância para os norte-rio-grandenses e o que a gente observa é que existe um projeto de construção da Arena das Dunas para a Copa. Fora isso, o governo do Estado ainda não disse a que veio”, avaliou o vereador Júlio Protásio.
Segundo Protásio, em Natal o governo Rosalba não entregou nenhuma obra. “No caso da capital, onde tenho atuação política, o governo ainda não apresentou uma obra de relevância para os norte-rio-grandenses e o que a gente observa é que existe um projeto de construção da Arena das Dunas para a Copa. Fora isso, o governo do Estado ainda não disse a que veio”, avaliou o vereador Júlio Protásio.
Para o vereador, que está no terceiro mandato, porém, o governo
poderá reverter, caso conclua e entregues obras pendentes desde gestões
passadas, como o Pró-Transporte e o prolongamento da Prudente de Morais.
“Sei que existem algumas obras do governo em Mossoró e na região Oeste.
Mas vemos um imobilismo de o governo ir para as ruas e trazer
benefícios para Natal. Mas, como potiguar, digo que ainda é tempo de se
fazer algo. Reinício do Pró-Transporte e término do prolongamento da
Prudente de Morais serão bem-vindos. Tem muitas coisas que Rosalba
poderá fazer até o final. É torcer que ela encontre o caminho da
eficiência e entregue essas realizações aos potiguares”.
“As medidas anunciadas por Carlos Eduardo são importantes para equilibrar finanças do município”
O prefeito Carlos Eduardo (PDT) deverá entregar à Câmara dos
Vereadores, para análise e aprovação, um pacote de projetos visando
reformular a atual estrutura administrativa da Prefeitura de Natal.
Extinção de secretarias e fusão de outras, além de diminuição de cargos
comissionados serão propostas, visando diminuir gastos e aperfeiçoar
processos. Paralelo a isso, o prefeito irá expedir decretos e atos
normativos, voltados para essas melhorias. Segundo o vereador Júlio
Protásio (PSB), líder do prefeito na Câmara Municipal de Natal, as
medidas são importantes para equilibrar financeiramente a gestão. “Hoje a
Prefeitura de Natal não tem capacidade de investimento”, analisa
Protásio.
Para Protásio, as mudanças são importantes para balizar a gestão do
prefeito. “Em Natal, não sobra dinheiro no orçamento da Prefeitura para
investir em obras, construções e melhorias para o natalense. A
prefeitura, com essas medidas, vai tentar recuperar sua capacidade de
investimento para que o governo possa, não só administrar a máquina e
diminuir o custeio, mas, também, tocar obras e investimentos na nossa
cidade”, avaliou o vereador.
A reforma que está sendo proposta pelo prefeito Carlos Eduardo Alves
terá tríplice aspecto. “Será uma reforma tributária, jurídica e
administrativa”, explica o vereador Júlio Protásio. Ele diz que o
prefeito no próximo dia 18, o prefeito vai pessoalmente à Câmara
Municipal conversar com todos os vereadores, tanto os de governo quanto
os de oposição e independentes. “Ele vai mostrar os motivos da reforma”,
acrescentou.
Entre as medidas de impacto, destaque para uma auditoria na folha de
pagamento da prefeitura. Informações preliminares dão conta de que
existem várias irregularidades na folha, como, por exemplo, um número
elevado de supostos servidores que hoje teriam mais de 90 anos de idade.
“Visando diminuir as despesas com pessoal, o prefeito vai auditar a
folha. Também vai diminuir o custeio da máquina, além de tomar medidas
de aumento de receita. O pilar da reforma vai ser esse”, completou.
Júlio Protásio explicou ainda que, ainda no campo pessoal, além de
diminuir secretarias e extinguir cargos comissionados, o prefeito irá
propor melhoria nos vencimentos dos cargos comissionados remanescentes.
Segundo ele, em alguns cargos há 12 anos não há aumento. “Muitas pessoas
não querem trabalhar na Prefeitura porque o salário não é mais
convidativo. Vários técnicos recusaram trabalho na prefeitura”, disse.